Pouco depois do início da votação pelo impeachment, Augusto Melo recebeu uma notícia ruim. A Justiça negou o habeas corpus para anular o indiciamento do Presidente no caso Vai de Bet.
De acordo com a defesa, a Polícia Civil tornou Augusto Melo réu para sustentar uma votação a favor do impeachment do atual Presidente do Corinthians. A juíza Marcia Mayumi Okoda não acatou ao pedido: “Verifico a ausência dos requisitos necessários para a concessão da liminar almejada.”
Confira outro trecho da decisão da juíza:
“Com efeito, a exceção de pequenos trechos do inquérito policial colados no corpo do mandado de segurança, os impetrantes não trouxeram aos autos qualquer documento, o que enfraquece os argumentos da defesa e afeta a verossimilhança de suas alegações. Aliás, sequer o ato atacado foi juntado, o que inviabiliza a pronta aferição da ilegalidade do indiciamento – convém anotar que o procedimento não comporta dilação probatória.”
O caso
Augusto Melo se tornou réu no caso Vai de Bet pelos crimes de furto, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Além do Presidente, mais três pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil.
O ex-diretor administrativo do Corinthians, Marcelo Mariano; o ex-superintendente de marketing, Sérgio Moura; e o dono da empresa intermediária presente no contrato, Alex Cassundé.
O caso Vai de Bet investiga depósitos do Corinthians para empresas de Alex Cassundé que intermediariam o acordo de patrocínio com a Vai de Bet. Os quase R$ 700 mil, porém, passaram por contas de empresas de fachadas, de acordo com a Polícia Civil.
A Vai de Bet encerrou o contrato junto ao Corinthians em junho de 2024. A antiga patrocinadora acionou a cláusula anticorrupção.