Um lance inusitado fora das quatro linhas aconteceu no empate sem gols entre Atlético-MG e São Paulo, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, no Mineirão. Na oportunidade o técnico do Tricolor, Luis Zubeldía, acabou sendo expulso após um gesto provocativo à arbitragem.
Aos 44 minutos do primeiro tempo, o zagueiro Lyanco, do Atlético-MG, cometeu uma falta dura em Ferraresi, do São Paulo, e Zubeldía reclamou veementemente, solicitando a aplicação do segundo cartão amarelo ao defensor do Galo. O árbitro Ramon Abatti Abel entendeu que o técnico se exaltou na cobrança e o advertiu com cartão amarelo. Em resposta, Zubeldía aplaudiu a decisão de forma irônica, o que levou a sua expulsão imediata.
Na súmula da partida, o juiz justificou a aplicação do cartão vermelho com base no artigo 8.2 do regulamento, que trata de “gestos provocadores, debochados ou exaltados”. Veja o que Ramon Abatti Abel disse na súmula:
“Motivo: A8.2. Fizer gestos provocadores, debochados ou exaltados – Após tomar o cartão amarelo, o mesmo bateu palmas de forma irônica protestando contra as decisões da arbitragem. Após ser expulso, o mesmo entrou no campo de jogo indo em minha direção com dedo em riste protestando de forma acintosa contra as minhas decisões, tendo de ser contido por seus atletas. Após ser contido por seus atletas, o mesmo voltou e pela segunda vez veio em minha direção protestando de forma ostensiva contra a decisão da arbitragem, tendo que ser contido novamente por seus atletas”
Em entrevista coletiva concedida após o jogo, Zubeldía criticou a arbitragem, questionando os critérios adotados e mencionando incidentes anteriores com o Ramon Abatti Abel. O argentino relembrou o pênalti polêmico marcado para o Palmeiras na semifinal do Paulistão, em cima do atacante Vitor Roque.
“Não sei qual é o critério que este árbitro utiliza. Não é a primeira vez que temos problemas com ele. Tem coisas que não posso aguentar. Não me interessa que eu saia sendo expulso. Vou fazer isso para defender o São Paulo sempre. Tivemos um problema com o pênalti a favor do Palmeiras no Paulista, por exemplo. Não entendo”, relatou Zubeldia.