A situação do volante Damián Bobadilla ficou mais complicada nesta quarta-feira (11). O jogador do São Paulo prestou depoimento para a Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) e a Polícia Civil o indiciou por injúria racial.
O delegado do DRADE, Rodrigo Correa Baptista, afirmou ao ge que Bobadilla “esclareceu todos os pontos que foram questionados, mas os elementos realmente recaem contra ele”. O volante do São Paulo teria chamado o Navarro, do Talleres, da Argentina, de “venezuelano morto de fome.”
Por enquanto, São Paulo, Bobadilla, Navarro e todos os envolvidos/ofendidos só podem esperar. O crime de injúria racial é previsto por lei na Legislação Brasileira em casos de xenofobia com reclusão de dois a cinco anos. Em relação à Conmebol, há possibilidade de banimento das competições da entidade.
“O inquérito (policial) está em fase final de tramitação. Concluindo o inquérito, é encaminhado ao poder judiciário. O Ministério Público toma conhecimento dessa investigação e pode promover uma ação penal contra ele (Bobadilla)”, explicou os próximos passos Rodrigo Correa Baptista.
Além de Navarro e Bobadilla, a Polícia Civil ouviu três jogadores do Talleres que presenciaram a ofensa: Lautaro Nahuel Bustos e Marcos Ezequiel Portillo; o árbitro Piero Maza Gomez, e os policiais militares que acompanharam a vítima até delegacia do Morumbis: Wellington Rodrigues dos Santos e Rodrigo Simplício.