Apesar de possuir um acordo válido até o final de 2026, o técnico Hernán Crespo mantém o seu futuro no São Paulo em suspense. Com a equipe Tricolor na luta por uma vaga na próxima Conmebol Libertadores, o comandante argentino prefere não cravar, ao menos publicamente, que estará no MorumBIS no início do ano que vem, adotando uma postura de cautela em suas declarações.
A comunicação do argentino com a imprensa mudou significativamente nas últimas partidas. Crespo, que inicialmente evitava temas que não fossem estritamente sobre o time, agora usa seu espaço para pontuar questões que o desagradam e prejudicam o desempenho do elenco.
O treinador desabafou após o duelo contra o Grêmio, quando sofreu com uma série de baixas. Ele não pôde contar com Oscar, Cédric Soares e Enzo Díaz, todos lesionados durante a semana de treinos. Além disso, ainda perdeu Wendell por contusão logo aos dez minutos de jogo. “Aqui acontecem coisas inacreditáveis”, lamentou o técnico.
Essa não foi a primeira vez que Crespo precisou enfrentar problemas para montar sua escalação. Na semana do confronto de volta das quartas de final da Libertadores, ele também perdeu Ferraresi e Marcos Antônio.
O argentino evitou apontar responsáveis pela frequência de lesões. Contudo, ele deixou claro que o alto número de incidentes prejudica a continuidade e a qualidade de seu trabalho. “Tentamos fazer o melhor possível, tentar se adaptar ao que acontece no dia a dia, e no São Paulo acontece muitas coisas durante o dia a dia”, concluiu.
Outro ponto levantado pelo treinador é a dificuldade do time em absorver as derrotas, como a sofrida para o Palmeiras. Crespo também mencionou a indisponibilidade do MorumBIS nas quatro partidas restantes como mandante na temporada. Dessa forma, a permanência do argentino para 2026 é uma incógnita.