O clima de cobrança chegou às portas do centro de treinamento do Santos, onde uma faixa foi estendida com um direto e público recado para Neymar. O texto “Neymar, vamos só jogar bola!” sintetizou o sentimento da torcida após seu comportamento explosivo durante a derrota para o Flamengo no último domingo. A mensagem ecoa as críticas que dominaram o debate na semana.
Dentro do clube, no entanto, a diretoria optou por uma estratégia de apaziguamento, considerando o caso como encerrado. O entendimento é que qualquer medida punitiva contra o astro apenas prolongaria a polêmica desnecessariamente, desviando o foco dos reais desafios da equipe no campeonato.
O próprio atleta reconheceu ter ultrapassado os limites em suas reações em campo, tanto com o técnico Vojvoda quanto com seus companheiros de equipe. Sua atitude culminou com sua substituição no Maracanã e sua posterior ausência do banco de reservas, gestos que não passaram despercebidos pela imprensa e pelos apoiadores do time.
A situação coloca em evidência o frágil equilíbrio que o Santos deve manter entre aproveitar o talento incontestável de seu maior ídolo e gerenciar suas atitudes controversas. Enquanto a torcida pede concentração total no futebol, o clube busca administrar as expectativas e manter a harmonia interna. O desfecho deste impasse poderá influenciar o restante da campanha do Peixe no Brasileirão.
Com apenas 33 pontos conquistados, o alvinegro luta para não cair para a Série B. Depois do Flamengo, o próximo desafio é contra o Palmeiras, que briga pela liderança com o Rubro-Negro. Assim, a partida diante do Verdão acontece neste sábado (15), às 21h, na Vila Belmiro. O duelo atrasado durante a Data FIFA vale pela 13ª rodada do campeonato.