O Choque-Rei do último fim de semana teve vitória do Palmeiras e mais uma expulsão para a conta de Abel Ferreira. O técnico português, que costuma viver o jogo com intensidade à beira do campo, não segurou a bronca após um lance envolvendo Estêvão e o zagueiro Alan Franco, do São Paulo. Irritado com a falta de cartão no adversário, Abel acabou ultrapassando o limite e foi mandado embora pelo árbitro Rafael Rodrigo Klein.

De acordo com a súmula, o treinador do Verdão já tinha sido advertido anteriormente e, mesmo assim, continuou reclamando de forma acalorada. A frase registrada pelo juiz foi direta: “P*** que o pariu, isso é uma vergonha”. A repetição da reclamação, somada ao tom exaltado, bastou para que o árbitro não deixasse passar.

Com a expulsão, quem conversou com a imprensa depois do jogo foi o auxiliar-técnico João Martins. Ele evitou polêmicas, mas deixou um recado claro: o que o Palmeiras quer é apenas que os critérios sejam os mesmos para todo mundo. O tom foi firme, mas sem incendiar ainda mais o debate.

“Nós só queremos que as regras sejam cumpridas. No lance que o Abel foi expulso, nós só queríamos amarelo ao jogador que agarrou (o Estevão) e não o deixou correr. Nós só queremos que o critério igual para todos”, afirmou João Martins.

Apesar do episódio, o Palmeiras venceu o clássico por 1 a 0 e segue com moral no Brasileirão. O problema agora é que Abel estará suspenso na próxima rodada e terá que acompanhar o time de longe no duelo contra o Bragantino, fora de casa, no domingo (18), às 18h30. Antes disso o treinador acompanha o Verdão no confronto diante do Bolívar, pela Copa Libertadores, no Allianz Parque, nesta quinta-feira (15), às 19h.

Essa foi mais uma das muitas expulsões de Abel Ferreira no futebol brasileiro. Intensidade que às vezes vira punição, mas que também é marca registrada do estilo do português desde que chegou ao comando do Palmeiras.