A posição do Palmeiras surpreendeu a quem acompanha o trabalho de Leila Pereira na presidência. O clube não se posicionou a favor do manifesto divulgado pela maioria dos participantes da Série A e Série B do Brasileirão.
O comunicado lista oito mudanças que o estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) precisa sofrer. O Palmeiras acredita não ser o momento de realizar exigências. A entidade passa por uma transição de presidentes e o possível novo mandatário, Samir Xaud, tem o apoio de Leila Pereira.
Exigências do manifesto
- Alteração do processo eleitoral, especialmente no que se refere ao peso dos votos;
- Obrigatoriedade da participação dos Clubes em todas as Assembleias Gerais da CBF
- Compromisso de criação da Liga e reconhecimento de que as propriedades comerciais das Séries A e B pertencem aos Clubes
- Alteração das regras de governança, dando efetivamente poder executivo à Comissão Nacional de Clubes
- Profissionalização da arbitragem garantindo dedicação exclusiva dos árbitros das séries A e B, e investimento em treinamento permanente
- O calendário do ciclo 2026-2030 precisa ser aprovado por Libra e LFU em conjunto com CBF
- Fomento e apoio financeiro especialmente direcionado às Séries B, C e D assim como ao Futebol Feminino
- Estabelecimento de regras de Fair Play Financeiro
A primeira é uma das mais importantes nos rumos da CBF. O atual presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, não conseguiu se candidatar ao posto de Ednaldo Rodrigues mesmo com o apoio de 29 dos 40 clubes.
Nas eleições da CBF, assim como na inscrição das chapas, o peso do voto/apoio das federações é maior. Enquanto times da Série B tem peso 1, e da Série A 2, as federações possuem peso 3. Logo, o apoio de 25 das 27 para Samir Xaud inviabilizaram a candidatura de Reinaldo.
O Presidente da FPF precisaria de, pelo menos, oito entidades estaduais ao lado, além de cinco clubes.