A eliminação do Grêmio na Copa do Brasil terminou com tensão dentro e fora de campo. O atacante Cristian Pavón protagonizou uma cena inusitada após o empate sem gols contra o CSA, em Porto Alegre. Revoltado com a anulação de um gol nos acréscimos, o argentino tentou cuspir no árbitro Matheus Candançan, mas acabou atingindo, por engano, um policial que acompanhava o trio de arbitragem.
A reação causou surpresa e gerou confusão no gramado. Pavón foi conduzido imediatamente ao Juizado Especial Criminal (Jecrim), montado na própria Arena, onde prestou depoimento. Um boletim de ocorrência foi registrado por desacato, e o jogador acabou liberado após ser ouvido, mas responderá judicialmente pelo ato.
O clima já estava quente desde a decisão do árbitro, que invalidou um gol do chileno Alexander Aravena, do Grêmio, no fim do jogo. Além da atitude de Pavón, integrantes da diretoria também perderam a cabeça. Segundo relatos, houve protestos acalorados, gritos, e até cédulas de dinheiro jogadas em direção à equipe de arbitragem, como forma de ironizar a marcação.
Na súmula, o árbitro relatou tudo: o cuspe de Pavón, a confusão ao redor dele e os insultos de membros da diretoria tricolor. Os vice-presidentes Alexandre Rossato e Eduardo Magrisso, além do diretor de futebol Cesar Augusto Peixoto, foram citados nominalmente por xingamentos como “bandido” e “sem vergonha”.
O Grêmio ainda não comentou publicamente o caso envolvendo Pavón. Em nota oficial o time gaúcho se limitou a comentar sobre a anulação do gol, caracterizando-a como erro de arbitragem. Veja:
“Depois de outro erro de arbitragem contra o Grêmio, o presidente Alberto Guerra e o coordenador técnico Luiz Felipe Scolari irão ao Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 22 de maio, para uma reunião com a Comissão de Arbitragem da CBF. Não nos eximimos de nossa responsabilidade nos resultados, mas outra uma vez fomos prejudicados em uma lance claríssimo que mudaria toda a história do jogo”, escreveu o Grêmio.