A trajetória de Dimitri Payet no Vasco está chegando ao fim. O clube carioca negocia com o jogador francês a rescisão antecipada do contrato, que iria até o fim de julho. A diretoria entende que este é o momento certo para encerrar o vínculo, aproveitando a pausa no calendário do futebol brasileiro durante o Mundial de Clubes. A ideia é resolver tudo de forma amigável, como confirmou o CEO do clube, Carlos Amodeo.

Nos bastidores, o clima com Payet já não era dos melhores há algum tempo. Nesta segunda-feira (2), o nome do camisa 10 voltou aos holofotes por causa de uma entrevista concedida pela advogada Larissa Ferrari, com quem o atleta teria vivido um relacionamento extraconjugal. Em declaração ao canal “John Vascaíno”, a mulher afirmou que o meia não se dava bem com dois colegas de elenco no Vasco: o goleiro Léo Jardim e o atacante Pablo Vegetti. 

Segundo a advogada, o francês também teria manifestado insatisfação com o trabalho do ex-treinador Rafael Paiva. Larissa revelou que Payet comentava em conversas privadas que sentia falta de um técnico mais intenso e com ideias diferentes, citando até Fernando Diniz como exemplo de perfil que ele admirava.

As declarações de Larissa vêm à tona no mesmo período em que ela acusa Payet de agressões físicas e psicológicas — denúncias que estão sendo investigadas pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM). O jogador nega os acontecimentos.

Dentro de campo, Payet viveu altos e baixos com a camisa cruz-maltina. Desde 2023 no clube, disputou 75 partidas, marcou sete gols e deu 13 assistências. Em 2025 foram 17 jogos sem balançar as redes. Lesões e problemas físicos também atrapalharam a sequência do meia francês. Nos últimos dias o jogador recebeu liberação para viajar ao seu país e resolver questões pessoais.

A tendência é que o desligamento do meia aconteça nos próximos dias. O Vasco foca agora em reorganizar o elenco para a sequência da temporada, enquanto Payet, aos 38 anos, analisa os próximos passos da carreira.