Ednaldo Rodrigues foi afastado, nesta quinta-feira (15), da presidência da CBF. Em seu lugar, foi designado o vice-presidente Fernando Sarney como interventor, com a missão de convocar novas eleições “o mais rápido possível”.

A medida foi tomada após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, encaminhar o caso ao TJ-RJ. No dia 7 deste mês, o ministro negou a saída imediata de Ednaldo do cargo, mas determinou que o tribunal fluminense fizesse uma apuração urgente dos fatos relatados nas petições.

Na última semana, dois pedidos foram apresentados ao STF solicitando a saída de Ednaldo. A deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e Fernando Sarney alegaram que a assinatura do ex-presidente da CBF, Coronel Nunes, foi falsificada em um acordo firmado no início do ano. Um laudo pericial aponta que a assinatura em questão não é autêntica.

Esse acordo, assinado por cinco dirigentes da entidade, encerrou a disputa judicial sobre a eleição da CBF e permitiu a realização do pleito que manteve Ednaldo Rodrigues na presidência. Caso a falsificação se confirme, o documento perde sua validade.

Mesmo sem autorizar o afastamento imediato nem a suspensão do acordo, Gilmar Mendes determinou que o TJ-RJ aprofundasse as investigações. Com isso, veio a decisão de afastar Ednaldo.

Esta é a segunda vez que o Tribunal de Justiça do Rio determina a saída de Ednaldo Rodrigues do comando da CBF. A primeira ocorreu em dezembro de 2023, mas ele retornou ao cargo cerca de um mês depois, por decisão do ministro Gilmar Mendes.