O atacante colombiano Niéiser Villarreal, que tem pré-contrato assinado com o Cruzeiro para ingressar a partir de 1º de dezembro, envolveu-se em uma séria disputa com seu atual clube, o Millonarios. O jogador está há mais de dez dias sem comparecer aos treinos da equipe de Bogotá, que iniciou processo administrativo contra ele e estuda acionar a FIFA pela ausência injustificada.
De acordo com a diretoria do Millonarios, Villarreal deveria ter se reintegrado ao elenco profissional no dia 20 de outubro, seguindo o mesmo cronograma de Carlos Sarabia, seu companheiro que também disputou o Mundial Sub-20 pela Colômbia. Todavia, o atacante sequer se apresentou ou justificou o motivo de seu desaparecimento ao clube, que tem contrato até 30 de novembro.
Apesar disso, esse não é o primeiro problema entre as partes. Durante o ano, Villarreal já causou polêmica ao aparecer em transmissão online vestindo a camisa do América de Cali, rival do Millonarios. O episódio, inclusive, resultou em punição interna ao atleta. Seu desejo de não renovar o vínculo parece ter intensificado os atritos, criando um ambiente conturbado para os últimos dias de contrato.
Cruzeiro prefere não se envolver em polêmica
Por outro lado, o Cruzeiro mantém distância do conflito. A Raposa reconhece que o vínculo com o jogador só se tornará efetivo em dezembro. Com isso, a equipe celeste limita seus contatos ao staff do atleta para acertar detalhes logísticos de sua chegada a Belo Horizonte. A situação, porém, preocupa, pois um possível processo na FIFA poderia afetar a regularidade do colombiano.
Enquanto isso, o técnico da seleção colombiana Sub-20, César Torres, tentou amenizar a situação. Ele afirmou que Villarreal “não sabia” da data de reapresentação. O Millonarios nega categoriamente essa versão de Torres. Desse modo, o impasse coloca em xeque a preparação do jogador para sua estreia no futebol brasileiro, levantando dúvidas sobre seu estado físico e mental quando chegar ao Cruzeiro.