Uma parte da torcida do Palmeiras entoou gritos homofóbicos direcionados a Romero no clássico do último final de semana. Dois dias depois, o Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+ enviou uma denúncia do acontecimento ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
De acordo com o documento, o Coletivo de Torcidas Canarinhas LGBQ+ solicita que “as medidas cabíveis sejam tomadas, conforme prevê também a legislação nacional, buscando identificar e punir os responsáveis pela prática de LGBTfobia”. O grupo também pede para um procurador ou procuradora fazer a denúncia e, assim, dar início ao processo no STJD.
O Palmeiras tende a sofrer consequências pois o Regulamento Geral das Competições (RGC) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) prevê a responsabilização dos clubes por condutas impróprias das torcidas. O Corinthians, aliás, jogou uma partida com os portões fechados em 2023 por conta de cantos homofóbicos entoados durante duelo com o São Paulo.
A cobrança de medidas também veio do atacante Romero. Após a derrota no clássico por 3 a 0, o atacante do Corinthians comentou sobre o caso indignado com os possíveis desfechos:
“Está à vista o que aconteceu hoje. Mas não vai acontecer nada, a gente sabe de onde vem. Se fosse na Arena, a gente sabe o que ia acontecer. Sou contra racismo, xenofobia, convivo com isso todo dia. Aqui no Brasil a maioria das pessoas não quer aceitar isso, todo mundo viu o que aconteceu hoje.
Vou continuar combater isso, quero ver se tem punição. Aconteceu contra o Cerro Porteño ato de racismo com a mesma torcida. Vamos ver se a Conmebol faz alguma coisa. Quero ver se tem alguma punição ou se tem preferência para punição.”