A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou o áudio da comunicação entre o árbitro Rafael Klein e o VAR Daniel Nobre Bins durante a vitória, por 1 a 0, do Bahia sobre o Ceará, em partida realizada na Arena Fonte Nova, nesta segunda-feira (21), válida pela quinta rodada do Brasileirão.
O lance em questão, que gerou muita polêmica, ocorreu aos 53 minutos do segundo tempo. Na oportunidade o atacante Pedro Henrique, do Ceará, toca o jovem Tiago, do Bahia, dentro da área, em uma disputa de bola.
Inicialmente Klein sinalizou tiro de meta. No entanto, após recomendação do VAR, se deslocou até a cabine de vídeo. Após analisar as imagens por alguns ângulos, o árbitro ainda optou por manter a decisão de campo. Contudo momentos depois foi convencido por Bins de alterar a marcação e concedeu pênalti ao Bahia. Confira o diálogo:
Rodrigo Rafael Klein: “Para mim é meta”
Daniel Nobre Bins (VAR): “Eu vou te sugerira revisão para você vir olhar”
Daniel Nobre Bins (VAR): “Tem um contato na perna dele. Você vai ter que analisar o impacto depois se causa essa queda dele. Tem o contato”.
Daniel Nobre Bins (VAR): Tem um impacto da perna dele. Você analisa esse impacto
Rodrigo Rafael Klein: OK, mas ele (defensor) está numa passada normal e tem a perna do atacante que trança na perna de uma passada normal do defensor.
Daniel Nobre Bins (VAR): Mas, analisa se assume o risco ou não.
Rodrigo Rafael Klein: Ele está numa passada normal.
Daniel Nobre Bins (VAR): Analisa o risco assumido…
Rodrigo Rafael Klein: OK, então é de forma imprudente. Acaba sendo de forma imprudente e acaba tendo um impacto. Para mim, sem cartão e tiro penal.
A decisão gerou controvérsia, especialmente entre os torcedores do Ceará, que questionaram a influência do VAR na mudança de decisão do árbitro. O pênalti convertido por Everton Ribeiro garantiu a vitória do Bahia por 1 a 0. Entretanto o Comitê de Arbitragem da CBF, por meio de uma nota oficial, divulgada hoje, saiu a favor do Bahia, garantindo que o pênalti foi bem assinalado.
“O parecer técnico do Comitê Internacional é de que houve pênalti no lance citado. O atacante ganha a frente da jogada e é tocado por trás pelo defensor, que, ao cruzar a linha de corrida do atacante, atua sem precaução e cria o contato com o atacante, fazendo-o tropeçar”, destacou a CBF.