A Fórmula 1 se prepara para um dos circuitos mais desafiadores em sua reta final. Estamos falando do Grande Prêmio do Catar, onde uma determinação técnica promete alterar as estratégias de corrida. Isso porque a fornecedora oficial de pneus estabeleceu que cada conjunto de pneus não poderá exceder 25 voltas no exigente Circuito de Losail.
A regra é uma resposta aos problemas de desgaste extremo identificados na edição anterior do evento. Após a corrida de 2024, pneus dianteiros esquerdos atingiram níveis críticos de degradação devido à combinação de alta temperatura, energia lateral elevada e fadiga estrutural. Dessa forma, as equipes devem realizar no mínimo duas paradas nos boxes durante as 57 voltas programadas para o domingo.
A categoria optou pela combinação mais resistente de compostos disponível – C1, C2 e C3 – buscando minimizar os riscos em uma pista conhecida por seu alto índice de degradação. O cenário se complica ainda mais pela presença da última corrida sprint da temporada, adicionando outro ingrediente a um final de semana que poderá definir o campeonato de pilotos, atualmente dominado pela McLaren.
O histórico do circuito catari justifica a precaução extrema. Em 2021, estouros de pneus afetaram diversos competidores. Já em 2023, a descoberta de uma falha potencial forçou a implementação de limites de pista e a adição de uma sessão extra de treinos. Estas experiências anteriores colocaram Losail como um dos traçados mais desgastantes para os pneus de todo o calendário.
Situado entre as etapas de Las Vegas e Abu Dhabi, o GP do Catar representa o penúltimo capítulo de uma temporada emocionante. Ademais, a batalha pelo título e as preocupações técnicas criarão um cenário de incertezas que testará a capacidade de adaptação de todas as equipes.
