O clima esquentou na Ferrari após o GP de Interlagos. As declarações do presidente da Ferrari, John Elkann, cobrando que Lewis Hamilton e Charles Leclerc “falem menos e pilotem mais” surgiram com o duplo abandono no circuito. No entanto, o pronunciamento gerou reações imediatas.

Jenson Button, campeão mundial de 2009, respondeu publicamente nas redes sociais com um contundente “talvez John deva dar o exemplo”, em referência ao dirigente. A Ferrari tentou amenizar a situação através de um porta-voz, classificando os comentários como “construtivos” e motivadores.

Apesar da tentativa de retratação, o estrago já estava feito. Tanto Hamilton quanto Leclerc publicaram mensagens sutis mas reveladoras em suas redes sociais. O heptacampeão reforçou seu apoio ao time e afirmou que não vai desistir. Enquanto isso, o monegasco destacou: “apenas a unidade pode nos ajudar a virar o jogo” na reta final da temporada.

O contexto atual da tabela explica a tensão. Afinal, a escuderia despencou para o quarto lugar no campeonato de construtores após Interlagos, ficando 36 pontos atrás da Mercedes. O duplo abandono na corrida principal começou com Leclerc após colisão com Antonelli. Já Hamilton sofreu danos na largada devido ao incidente com Carlos Sainz e Franco Colapinto.

O GP paulista prejudicou a disputa da Ferrari pelo vice-campeonato. Com isso, a Scuderia vê seu investimento milionário em Hamilton ainda não se traduzir em resultados consistentes. Enquanto Elkann busca responsabilizar os pilotos, a resposta de Button sugere que a liderança também precisa revisar sua postura para superar a crise que assola a equipe italiana.