A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) trouxe alívio para a Fórmula 1 ao confirmar que a maioria das equipes e fornecedoras de motor respeitou o regulamento financeiro de 2024. Nesta terça (28), a entidade revelou que nove das dez equipes e todas as fornecedoras de motor cumpriram o teto de gastos. A única exceção foi a Aston Martin, mas os britânicos conseguiram escapar de sanções severas.
A equipe de Lawrence Stroll não violou o limite de despesas. O problema, na visão da federação, foi um “erro menor” de procedimento. Para encerrar o assunto, a FIA e a AMR GP Limited, proprietária da Aston Martin, firmaram um Acordo de Violação Aceita. Com isso, o time aceitou a falha, mas não sofreu nenhuma penalidade, e o caso se deu como encerrado.
FIA esclarece atraso em relatórios
Rumores sobre o descumprimento do regulamento financeiro pela Aston Martin circularam na imprensa internacional. Ademais, o atraso da FIA em divulgar os documentos aumentou as especulações sobre a gravidade dessa falha.
Por outro lado, a entidade que gere o automobilismo mundial esclareceu a situação. O erro da AMR GP Limited foi não enviar as versões assinadas de seus relatórios financeiros anuais auditados e o relatório de avaliação subsequente até 31 de março, data final estipulada.
A federação analisou o caso e afirmou que o atraso ocorreu devido a circunstâncias “excepcionais e imprevisíveis”, totalmente fora do controle da Aston Martin, embora não tenha fornecido detalhes sobre o ocorrido. Esses fatores teriam impedido a empresa independente contratada pela escuderia de assinar a documentação a tempo.
Aston Martin se safa de maiores sanções
A Aston Martin enviou os rascunhos dos documentos antes do prazo exigido, e o conteúdo apresentado posteriormente, após a assinatura da empresa de auditoria, era idêntico. Como a equipe se mostrou cooperativa durante todo o processo e comprovou estar dentro do teto de gastos, a FIA considerou que o time “não ganhou ou tentou ganhar vantagem” com o erro de procedimento.
O teto de gastos foi introduzido pela FIA em 2021. O objetivo era o de limitar os dispêndios das grandes equipes e promover um maior equilíbrio competitivo na categoria. Se uma equipe ou fornecedora de motores ultrapassar o teto em até 5% do valor permitido.
As penalidades podem incluir multas financeiras ou sanções esportivas de menor grau. Se a violação for superior a 5%, a instituição corre o risco de perder pontos no campeonato de construtores. Também existe possibilidade sofrer penalidades financeiras ou esportivas mais severas.