Contratado com grande expectativa no início do ano, Thaciano vive um momento de incerteza no Santos. O jogador, que custou 32 milhões de reais, não entra em campo desde 19 de julho, quando o Peixe enfrentou o Mirassol, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Agora, o meia busca reverter o cenário para voltar a ter chances no time.

Sem espaço na equipe, o camisa 16 sequer foi relacionado para a estreia do técnico Vojvoda no comando do Santos, na última rodada do Brasileirão, contra o Fluminense. O fato é que Thaciano ficou fora dos últimos sete jogos do Peixe na temporada, e, antes disso, passou seis partidas no banco de reservas.

O período de baixa do jogador acompanha reclamações da torcida, que critica o seu desempenho em campo e questiona o alto valor investido pelo Peixe. Thaciano chegou ao clube em janeiro, vindo do Bahia, em uma negociação de cerca de 4,5 milhões de euros. Na época, a quantia o colocou entre as três maiores vendas da história do futebol do Nordeste.

Versatilidade de Thaciano não se traduz em bom desempenho

Thaciano atuou em 26 partidas pelo Santos nesta temporada, a maioria delas sob o comando do técnico Pedro Caixinha. O português testou o jogador em diferentes posições, principalmente como centroavante e aberto pelo lado direito do ataque, onde ele conseguiu marcar três gols. Já com a saída de Caixinha e a chegada de Cleber Xavier, o atleta não rendeu o esperado.

Durante a pausa do Campeonato Brasileiro por causa da Copa do Mundo de Clubes, o meia recebeu sondagens de outros times da Série A e do Athletico-PR, que disputa a Série B. No entanto, a diretoria do Santos segurou o jogador, acreditando que a comissão técnica anterior não soube aproveitar seu potencial.

Thaciano explicou ao treinador que não se sentia confortável atuando pela direita e que preferia jogar pela esquerda ou como segundo atacante. Assim, na volta do Brasileirão, Cleber Xavier colocou o jogador em campo contra o Mirassol. Contudo, quando ele parecia estar perto da redenção, após lançamento de Neymar e ser derrubado em uma clara chance de gol, a jogada foi anulada por impedimento.

Aumento da concorrência no ataque do Santos

A falta de oportunidades para Thaciano nas últimas rodadas também tem relação com o bom desempenho de seus concorrentes diretos por uma vaga no time. Pelo lado esquerdo, Guilherme é o artilheiro do Santos na temporada, enquanto Barreal é o goleador no Brasileirão. Já na função de segundo atacante, a concorrência é ainda maior, com Neymar sendo titular absoluto na equipe.

Quando o camisa 10 atua como referência no ataque, a preferência do treinador é Rollheiser, que reforça a armação no meio de campo. A chegada de Lautaro Díaz também aumentou a concorrência por uma posição. Afinal, o argentino pode atuar em todas as funções do ataque, além de ser um jogador com mais mobilidade do que Thaciano. Em suma, isso pode dificultar ainda mais a vida do meia no Santos.